Trago em meu
canto
um lamento
velado
pelo meu ser
nunca revelado.
Trago em meu
canto
as chamas do
mundo
a me consumir.
É este olhar de
dor
diariamente a
gritar
o desespero do
homem.
É este sabor de
fome
que sempre
consome
o futuro do
homem.
São estes
caminhos sem rumos
cheios de
espinhos
a perder as
rosas do homem.
É este falar em
Deus
temperado de falsidade
a esconder toda
verdade.
É este querer
rebelde
aprisionado nos
sonhos
a destruir a
juventude.
É esta ilusão
sem fim
dispersando no tempo
os perfumes do
jardim.
Trago em meu
canto
os desejos do
mundo
em lamento
velado.