O tempo abre mais feridas
No querer de minhas asas
O vôo em busca de nuvens brancas
Não encontra abrigo e casa.
Só desejo aquele olhar
De quem tem o amanhã e suas vias
A vida não pode abrigar
Feridas mal ou ainda não
cicatrizadas.
Se cada hora as lágrimas
Faz enxurradas nos caminhos
Levando esperanças e lamas
Mas não retirando os espinhos.
Minhas asas cada vez mais
feridas
Não encontra abrigo e casa
Um caminho de nuvens brancas
Em tempo de harmonia e brasa.