segunda-feira, 26 de junho de 2017

       poema atemporal

Em Antônio Dias o rio
pescando todos os sonhos
caniço repleto de desejos
iscas fabricadas de ilusões
a infância balança no frio,
ritmo de toada que componho
fragrância de grama verde e beijos
relembrando velhas canções
das brincadeiras de rodas.
E o pomar com suas podas
deixa que a estação se desfaça
sem que a vida perca a graça
e o vento que tudo leva
traz para mim , da infância, o rio
e minha alma de vida se eleva
fazendo sol onde reina o frio.
caniço repleto de desejos.

                         Magno Assis

terça-feira, 20 de junho de 2017


 


         noções básicas de sobrevivência






respeita-se o sonho e a loucura ...



nem só de números e letras

vive o homem.

Não é só de cimento, pedras,

e tijolos que se ergue um lar.



respeita-se o caminho e a procura...



feliz e o vivo é o homem

cujo sonho sonha alcançar

braços cruzados e boca fechada

não chega a nenhum lugar.



respeita-se o querer e a aventura...



                                    ... a eterna busca.

sábado, 17 de junho de 2017


         o poeta e a necessidade do sonho






Se o homem ouvisse o coração

se obedecesse somente a razão

dor e lamentos não existiriam mais

e com certeza pousaria a paz.





Se em vez de pedras no caminho

por onde passa e passará o irmão

o homem semeasse flores

teria fim toda opressão

a rosa supriria o espinho

o mundo se inundaria de amores.





Se em vez de palavras, ações

se em vez de lágrimas, sorrisos

não haveriam semblantes aflitos

nem passos incertos nas orações.





Se em vez de competição, abraço

se em vez de desespero, agradecimentos

se em vez de explorar o infinito do espaço

o homem explorasse seu interior

seriam outros os acontecimentos

sucumbiria a morte, triunfaria o amor.







Se o poeta não sonhasse divagando

ou não divagasse sonhando

com certeza todo flor estaria morta

e fechada estaria qualquer porta.





Mas enquanto o poeta sonhar há esperança...


domingo, 11 de junho de 2017


 


       oferenda






eu poderia oferecer-te

meu amor

um Taj Mahal

um Coliseu

ou outra maravilha

que desejares





eu poderia oferecer-te

meu amor

uma Estátua da Liberdade

um Cristo Redentor

ou outra homenagem

que desejares.





eu poderia oferecer-te

meu amor

um Rubayat

um Os Lusíadas

ou outro épico poema

que desejares









eu poderia oferecer-te

meu amor

a lua

Júpiter

ou outro mundo

que imaginares





mas como tu és

a maravilha das maravilhas

a homenagem viva da vida

o poema maior do Criador

um mundo que é um paraíso...





ofereço-te esta flor

maravilha suprema da Criação

traduzindo todo meu amor

traduzindo o desejo do coração.

quarta-feira, 7 de junho de 2017


 


         Pablo








colibri beijando Esperança

espalhando essência de vida

espelhando inocência de querubim



existência feito criança

subindo inocente a escalada

em seu constante jardim



inocência em sorriso endeusada

o mais  puro néctar da vida

que o coração adulto necessita



no mundo assim pessimista

tua presença purifica o viver

espelho refletindo velho querer

 






 


 



domingo, 4 de junho de 2017

filho

para Gláuber Rodrigues Assis



Tempestade que fica eternizando a bonança;
o presente que traz ao futuro confiança;
sorriso que seca a lágrima que teima aparecer;
o sentido mais íntimo de todo nosso querer.

É o novo que faz a gente aprender envelhecer;
flor que se abre e traz paz a cada amanhecer;
mestre em emoção me tornando novamente
criança;
é o mundo resumido numa única palavra :
Esperança.

                                   Magno Assis

quinta-feira, 1 de junho de 2017

saudade




Nos verdes prados
galopa infância.
Sorrisos redescobertos
nos túneis abertos
pela saudade.
Momentos de felicidade
que a idade
não consegue desfazê-los.
Veias abertas
onde o riacho corre mansamente
e o menino nele se banha
revigorando
para o desafio de viver
o tempo presente.

    Magno Assis