domingo, 25 de novembro de 2012
A VOZ DO SILÊNCIO
No meio do caminho tem sempre um se/
Se não existisse relógio/
Se não existisse o grito/
Se a mente não fosse um precipício/
Se não fosse necessário dizer: “eu existo” /
O mundo não seria só cena/
E viver valeria a pena.////
Se não existisse a dor/
Se não existisse a arma/
Se não existisse espinho na flor/
Se em vez de correria existisse calma/
A estrada não seria pequena/
E viver valeria a pena./////
Se fosse possível contar as estrelas/
Se não existisse nem céu nem inferno/
Se não atirássemos pedras nas janelas/
Se o guerrear não fosse eterno/
Cada gesto teria sua recompensa/
E viver valeria a pena.////
Se não existisse o egoísmo/
Se não existissem tantos muros/
Se existisse mais lirismo/
Se cada povo fosse livre para decidir seu futuro/
A alma não seria pequena/
E viver valeria a pena.
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
NOSSA ESTRELA
Guardo nossa estrela/
Num céu muito particular/
Nossa lua não é aquela/
Que o poeta adora (en)cantar/
Nossa lua é bem mais íntima/
E não acompanha no brilhar/
O admirado astro do infinito/
Lua guardada inteiramente/
Em nosso amor ardente/
Esse nosso astro faceiro/
Está além do olhar bendito/
No momento do beijo primeiro./
Nosso paraíso é assim/
Céu azul e florido jardim./
EM BAGAÇADAS
domingo, 11 de novembro de 2012
IDÍLICO NUMERO 1
Ainda sinto teu hálito
A me fazer carinho. Teu olhar
A me trazer paraísos. Habito
Tua geografia como um quintal
Onde reconheço cada parte do lugar.
O teu falar, intimo e universal,
Deixa-me embriagado a sonhar
Com um jardim de ilusões.
Cada gesto teu relembrado
Me diz que nossos corações
Estão eternamente colocados
Lado a lado. Não há como separar
Tua vontade do meu querer
E nossos corpos demonstram saber
De nossa sintonia. Não consigo deixar
De pensar da necessidade tamanha
De contigo, dia e noite, estar.
Sem você a vida é toda estranha.
em Bagaçadas
domingo, 4 de novembro de 2012
CRÔNICA DA VIDA NO TERCEIRO MILÊNIO.
Há uma casa sobre a árvore//
E seus moradores são os primeiros//
A serem aquecidos pelos raios do sol.//
Vivem nas alturas!//
Nunca contemplam a singeleza//
De uma violeta//
E o quanto há de beleza//
Em nós//
Criaturas rastejantes.
EM BAGAÇADAS
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